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jueves, 5 de enero de 2012
5756.- MARCOS BAGNO
Marcos Araújo Bagno (Cataguases, 21 de agosto de 1961 ) es un profesor, linguista y escritor brasileño. ES profesor del Departamento de Lenguas Extranjeras y Traducción de la Universidad de Brasilia, doctor en filologia y lengua portuguesa por la Universidad de São Paulo, traductor, escritor con diversos premios y más de 30 títulos publicados,[1] entre literatura y obras técnico-didácticas.
La invención de las horas (cuentos) (1988)
El papel roxo de la manzana (infantil) (1989)
Calle de la Soledade (cuentos) (1995)
La Lengua de Eulália (novela sociolingüística) (1997)
Investiga en la escuela: lo que es, como se hace (1998)
Prejuicio lingüístico: lo que es, como se hace (1999)
Dramática de la lengua portuguesa: tradición gramatical, mídia & exclusión social (2000)
Portugués o brasileño? Una invitación a la investigación (2001)
Norma lingüística (org.) (2001)
Lingüística de la norma (org.) (2002)
Lengua materna: letramento, varição & enseñanza (org.) (2002)
El espejo de los nombres (infantil) (2002)
La norma oculta: lengua & poder en la sociedad brasileña (2003)
Murucututu, la coruja grande de la noche (infantil) (2005)
Nada en la lengua es por casualidad: por una pedagogía de la variación lingüística (2007)
De
Marcos Bagno
VAGANAU
São Paulo: Parábola Editorial, 2010. 156 p. ilus.
9978- 85- 8845692-1
4/ EXTRANJERO
a Fedefico Polsstri
Mi lengua no es ésta
llena dei polvo frío de las mesetas
perdida entre luces oblicuas y cenizas
erguida como las góticas amenazas de una catedral
No es mi lengua ésta
en la que la sal, la sangre, la leche y la nada
han perdido su dulce y líquida virilidad;
en la que los árboles, madres por excelencia,
se hacen designar como hombres, sin intimidad
[con la luna
No es mía esta lengua
vertical y exacta, pero carente de playas largas
de los susurros dei vuelo de la mariposa tímida
de la incertidumbre de que toda semilla de flor
no, mi lengua no es ese reloj
Es verdad que la quiero, a esta lengua
como uno quiere a la lluvia que lo ahoga
al viento que le dispersa las voluntades
al temblor que le anuncia una voz sin rostro
al padre que les da miedo a sus niños solo con mirarlos
La quisiera entranada en mí
para no tener que añorarla
del otro lado dei estrecho río que nos separa
de dónde nos podemos ver y oír sin podernos tocar
pues si el vidrio es translúcido también es duro
Ni siquiera cuando juntos decimos
azul mundo agua tristeza
paz gato remedio amigo
ave negro página alma
lo decimos con igual calidad de tono y silencio
Que no es mía lo sé, pero iqué más da!
con esta u otra lengua nadie jamás logró
definir los nombres inestables e insistentes
de los contornos yertos de la humana soledad
7/ PARA DECIRTE
Para decirte que te quiero
elegiré palabras buenas,
cielo de junio, mi sombrero,
frío de otoño, compañero
que nuestras manos encadena.
Para decirte lo que siento
me callaré para que hable
el blanco pájaro de viento
que en nuestra calle vá, contento,
sobrevolando lo improbable.
Para decirte lo que pienso
dli cuerpo tuyo, plata y cobre,
abro los labios del silencio
y arrodillado reverencio
la noble seda que te cubre.
Para decirte lo que espero
de nuestro encuentro, sorprendido,
pronunciaré tu nombre entero
como oración, voto primero
de un infiel arrepentido.
Para decirte lo que veo
en el espejo de tus manos
cuando acarician mi deseo,
confesaré que ya no creo
en los idiomas del humano.
Para decirte que te añoro,
te extrano, sí, y otras verdades
de nombres raros y sonoros
cuyos orígenes ignoro,
a lo mejor diré saudades.
Para decirte que te quiero
como se debe a una mujer,
no te hablaré con exagero
del hondo azul despeñadero
donde tu amor me hizo caer.
De
Marcos Bagno
VAGANAU
São Paulo: Parábola Editorial, 2010. 156 p. ilus.
9978- 85- 8845692-1
Marcos Bagno é uma das melhores e mais brilhantes revelações da poesia brasileira contemporânea. Oximoricamente, consegue ser contundente e sutil, denso e fluído, compulsivo e comedido. Sem querer estabelecer paralelos, que não cabem, tem aquela verbosidade emotiva do Bruno Tolentino dos melhores momentos, sendo lírico e trágico, moderno e arcaico a um só tempo como a revelar a condição humana, do civilizado ao bestial. Aqui vão os dois primeiros sonetos de uma sequência arrebatadora, onde os adjetivos cabem e nunca excedem. ANTONIO MIRANDA.
SONETOS DO LABIRINTO
1
Eu necessito um homem que me ame,
que me percorra, assim feito um cavalo,
que me espedace ao aço de seu falo
e faça desse amor nosso vexame.
Que não me bata pra que eu não reclame
da dor que não me traz a cada abalo,
que me interrompa quando falo ou calo,
que em seu prazer a minha morte trame.
Que sempre esqueça de que tenho sexo,
que me abandone logo após o gozo,
plantando em mim todo o seu mal viscoso
pra que eu ignore o que é sofrer, perplexo.
Se é do espelho que virá tal homem
que minhas mãos então de lá me tomem!
2
Ouvi batidas à porta de mim
e deparei comigo ao me abrir:
era eu a querer de mim fugir,
do labirinto que sou eu — sem fim...
Meus olhos os meus olhos invadiram,
e o que vi desta visão foi só eu
na sede mansa de encontrar no breu
a porta que meus dedos já abriram...
A porta a ser aberta lá estava,
e quando ia abri-la, deste lado,
do outro já me sinto preparado
neste gesto de mão que a destrava...
E quem tudo isso agora me contou
não foi este que sou, mas o que estou!
VAGANAU
Poesia, nau, divaga,
devagar e sem timão,
pela vida, mar sem alga,
pelo mar, que é vida em vão.
Leva horizontal adaga
cravada no coração,
aço que lhe aviva a chaga
de não ser nem deus nem chão.
Poesia que naufraga
as frias costas do não,
recife que tudo draga,
praia do se, do senão:
soledade
solitude
solidão
Poesia que extravaga
limites do mar geral,
sem astrolábio, sem braga,
sem provar do mundo o sal.
O saber-se (dor que a esmaga)
ancorada ao mais mortal
é certeza que lhe indaga
se viver a vida val.
O presente mal lhe paga,
quer existir outro grau;
para além de quanta ostaga
é que se refez em nau
vagabunda
vagamunda
vaganau
DRUMMONDIANA No. 3
"Escrita nas ondas
a palavra Encanto
balanfa os naufragos,
embala os suicidas."
Drummond
Dia desses, ao abrir o dicionário,
as palavras saltaram-me aos olhos
e foram escorregando pelo chão de toda a casa.
No temor de que os vizinhos se zangassem
com o estardalhaço alvoroçado que faziam,
[azáfama, darandina,
corri a recolhê-las com uma pinça.
Inútil. Esguias e molengas,
divertiam-se com me ver em pânico
a tentar em vão resgatar o léxico esparramado.
Escancarado sobre a mesa,
o gordo livro gotejava, pálido, afônico,
e os derradeiros verbetes, justamente os advérbios,
calma, pacífica e tranquilamente
soltavam gritinhos de prazer
enquanto deslizavam com paciência pelos pelo móvel
e se ajeitavam como pudessem
sobre o tapete coalhado de pululantes insetos
[tipográficos.
A palavra curiosidade desaparecera em minha estante
e fazia, com sua vozinha de criança chata,
borbotões de perguntas a cada volume.
Pelo ar zuniam os sons de aeroplano, jacutinga,
[joaninha e asa;
monocotiledôneas e gimnospermas discutiam com
[floricultura;
horroroso perdera um de seus ós e mancava triste,
[apoiado em solidário;
ptose e tmese beliscavam a letra i;
maracujá e passiflora trocavam segredos de família,
enquanto centopéia e miriápode faziam suas contas.
Etimologia, depois de ferir semântica com ciúme,
agarrara bisturi e investia contra todas as palavras
[indefesas,
separando-as, cortando-as decifrando-as
e tentando se lembrar de línguas mortas.
A palavra cor luzia, rebrilhava, acendia e apagava,
cada hora de uma cor.
Subitamente,
encanto cresceu
cresceu e ficou imensa
imensa para além da casa,
e me mostrou mares cor de raio,
doces de pó de estrela, beijos de girassóis,
sons de tempos pétreos, vozes de perfumes líricos,
ônibus de cabelos diáfanos, planetas de poesia
[embriagados
livros transpirantes, oceanos de pássaros lúgubres,
mapas de homens drásticos, alucinações de
[concreto exausto,
verões de vinhos calidoscópicos, nuvens de mães
[distantes,
tempestades de horas lentas, flautas de vulcões e céu...
E no seu crescer absoluto, no seu multiplicar-se surdo,
encanto foi absorvendo todas as outras,
engolindo, devorando, lambendo, digerindo
a língua até então só derramada.
Tão maravilhado quedei (posso dizer encantado?)
que me faltaram as palavras (como encontrá-las no
[caos?)
e de espanto abri a boca.
Por esta porta penetrou-me encanto,
invadiu-me ossos e células, contaminou-me sangue
[e nervos
e alojou-se para todo o desde-então
no meu recôndito coração de alma.
(Antes, porém, dobrou-me sobre o papel
e fazendo-me cócegas nos dedos, leves,
obrigou-me ao poema que acabais de ler).
http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_brasis/
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