BUSCAR POETAS (A LA IZQUIERDA):
[1] POR ORDEN ALFABÉTICO NOMBRE
[2] ARCHIVOS 1ª, 2ª, 3ª, 4ª, 5ª 6ª 7ª 8ª 9ª 10ª 11ª 12ª 13ª 14ª 15ª 16ª 17ª 18ª 19ª 20ª y 21ª BLOQUES
[3] POR PAÍSES (POETAS DE 178 PAÍSES)

SUGERENCIA: Buscar poetas antologados fácilmente:
Escribir en Google: "Nombre del poeta" + Fernando Sabido
Si está antologado, aparecerá en las primeras referencias de Google
________________________________

lunes, 31 de octubre de 2011

5232.- ORLANDO MENDES


Orlando Mendes
Nació en la isla de Mozambique en 1916. Desde su primera publicación en 1940 estuvo atento a todas las innovaciones poéticas, siendo uno de los pioneros de la poesía moderna de su país.
La obra de Mendes es larga, variada y coherente con el contexto mozambicano, considerado como uno de los grandes poetas de su país.
Entre su obra de ficción se encuentran Portagem y Véspera Confiada. Su obra de poesía está compuesta por Um Minuto de Silêncio, Trajectória, Clima, Depois do Sétimo Dia, Portanto, eu vos Escrevo, Adeus de Gutucumbi, A Fome das Larvas, País Emerso - Caderno 1, País Emerso - Caderno 2 y Produção com que Aprendo.



Viaje para quedar

Esperémonos, Amor
Una hora o un día
Por el tiempo que sea
Olvidemos fríamente
Lo que podría pasar
Si uno de nosotros estuviera
Perdido o ausente.
Aquí tienes flores rojas
Que nadie conoce
Para que ocultes
La desnudez de paraíso
Sin virtud ni pecado
Y ven conmigo, Amor
Seguros de que fuimos antes
Los primeros amantes
En la mañana del Mar
Ven con el palpitar profundo
Rítmico y preciso
De tu vientre fecundado
¡Y vamos, Amor, a atracar
Al muelle de un nuevo mundo!




Viagem para ficar

Esperemo-nos, Amor
Por uma hora ou um dia
Mas pelo tempo que for
Esqueçamos friamente
O que aconteceria
Se um de nós estivesse
Perdido ou ausente.
Aquí tens flores rubras
Que ninguém conhece
Para que encubras
A nudez de paraíso
Sem virtude nem pecado
E vem comigo, Amor
Certos de que fomos antes
Os primeiros amantes
Na manha do Mar
Vem com o pulsar profundo
Rítmico e preciso
Do teu ventre fecundado
E vamos, Amor, aportar
Ao casi dum novo mundo!






TEXTOS EN ESPAÑOL
Traducción de XOSÉ LOIS GARCÍA


UNIFORME DE POETA

Arreglé mi larga cabellera,
le coloque por encima mi
sombrero de coco de fibra sintética,
sacudi el denso polvo de la alas súcias
y, colgada la tira al hombro
salgo a la calle
con el gran uniforme de poeta.
Temblad guardamarinas,
alféreles en activo en
situación de disponibles:
mi ridículo hoy suplanta
al vuestro y en él se enreda y perturba
el largo suspiro de las señoritas
romântico-calculistas.








JUVENTUD

Es el tiempo de los explícitos cantares
a la luz del día y en la oscuridad de la noche
hasta una explosiva prueba de acción.

Es el tiempo de las dudas inconfesables
los cigarros ardiendo y el café ya frío
y el rostro impasible tras el periódico
contra la invasión de anônimos vigilantes.

Es el tiempo de los asaltos al tránsito
imaginando las máscaras arrancadas
y cómo serían la belleza y la riqueza
si no coexistiesen incólumes con
ignorância y miseri y violência.

Es el tiempo de soledad entre las gentes
y del solitário sentir la multitud en la sabana.

Es el tiempo de no tener fe y creer todavía
en la dádiva total por un beso de amor
y por sinceridad de um apretón de mano.

Es también el tiempo de recibir-transmitir
una secreta rabia llamada esperanza.

Tiempo que el pudor adulto hace caducar.



Poemas publicados originalmente en la revista HORA DE POESIA,
n. 19-20, Barcelona,



TEXTOS EM PORTUGUêS


UNIFORME DE POETA

Ajustei minha cabeleira longa,
coloquei-lhe ao de cima meu
chapéu de coco em fibra sintética,
sacudi a densa poeira das asas encardidas
e, dependurada a lira a tiracolo,
saio para a rua
em grande uniforme de poeta.
Tremei guardas-marinhas,
alferes do activo em
situação de disponibilidade:
meu ridículo hoje suplanta
o vosso e nele se enleia e perturba
o suspiro longo das meninas
romntico-calculistas.






JUVENTUDE

É no tempo dos explícitos cantares
à luz do dia e na escuridão da noite
até uma explosiva prova de acção.

É o tempo das dúvidas inconfessáveis
os cigarros ardendo e o café já frio
e o rosto impassível atrás do jornal
contra a devassa de anônimos vigilantes.

É o tempo dos assaltos ao trnsito
imaginando as máscaras arrancadas
e a beleza de a riqueza como seriam
se não coexistissem incólumes com
ignorncia e miséria e violência.

É o tempo da solidão entre as gentes
e de solitário sentir a multidão na savana.

É o tempo de não ter fé e crer ainda
na dádiva total por um beijo de amor
e pela sinceridade dum aperto de mão.

É também o tempo de receber-transmitir
uma secreta raiva chamada esperança.

Tempo que o pudor adulto faz caducar.






EXORTAçãO

"Jovem, se tens exercícios de literatura
escritos há mais de um mês, destrói-os.
Rasga-os ou queima-os de preferência
(consta ser universalmente mais ortodoxo)
e se a chama te chamuscar unhas e pele
e as sujar a cinza, não queixes a dor
e lava-te. Destrói-os. Guarda-os todavia
fiéis na memória, palavra por palavra,
para que possas transmiti-los a um amigo
quando depois do venal acto de amor
forem também vender a irresistível suspeita
da tua voz trémula e dos teus outros actos.
Mas não deixes de escrever. Peço-te que não."
DEDICATÓRIA
Aos poetas que pensam e dizem versos
mas não os sabem escrever
e por isso anónimos lhes chamam.
Nas rochas corroídas pelo sal de outros mares
navegados para implantar espada cruz e poder
nas rochas onde o luar desnuda o silêncio
pulsando canções da noite assim povoada
e que o sol inflama e semeia
sobre as efémeras gostas de cacimba
renovadas com cintilações das estrelas,
aí eu gravarei seus nomes.
E os amantes pressentindo
os hão-de perguntar e saudar.





No hay comentarios: