Rui Coias nació en Lisboa en 1966. Es un poeta portugués.
Ejerce la profesión de abogado. Licenciado en Derecho por la Facultad de Derecho de la Universidad de Coimbra y Postgrado en Legal, ISG - Management Institute (Business School)).
Libros publicados: A Ordem do Mundo (Publicações: Quasi Edições, 2005); A Função do Geógrafo (Publicações: Quasi Edições, 2000).
Tiene colaboraciones en O Futuro em Anos Luz (antologia de poesia editada no âmbito do Porto 2001 – Capital Europeia da Cultura); Anos 90 e Agora, antologia da nova poesia portuguesa (Quasi, 2001 e 2004); Inimigo Rumor, nº. 15 (dedicada a Ruy Belo); Relâmpago : Nova Poesia Portuguesa (2003); Anthologie de La Jeune Poésie Portugaise, da Bacchanales, Revue de Création De La Maison De La Poésie Rhône-Alpes (2004); e A Sophia – Homenagem a Sophia de Mello Breyner Andersen (Antologia de homenagem de vários escritores a Sophia de Mello Breyner Andersen, Lisboa: Editorial Caminho, 2007).
No es difícil para un hombre enamorarse
No es difícil para un hombre enamorarse.
Herir su paisaje
cenizas de un pasado caído, fluyente.
Al final de nuestras vidas compartidas puede que
diga : “ Me estremecí durante años sin abrazarte”. Ahora es tarde.
Ahora es tarde sobre la tierra cercada.
La desesperación permaneció a través de las planicies
el dolor lila de los hombres zozobrantes
en la paciencia nocturna.
Sólo después del terror los perros ladran fielmente
a las puertas del mañana, solamente
después del filo de las vidas compartidas.
“ Transité la vida para huir hacia tu boca” y
confundo ya tu rostro
con otro cualquiera.
traducido del portugués por Myriam Rozenberg
Não é difícil um homem apaixonar-se
Não é difícil um homem apaixonar-se.
Ferir a sua paisagem,
cinzas de um passado caído, fluente.
Ao fim de vidas partilhadas pode ser que
diga estremeci
durante anos sem te abraçar. Agora é tarde.
Agora é tarde sobre a terra cercada.
Por planícies ficou o desespero,
a dor lilás dos homens soçobrados
na paciência nocturna.
Só depois do terror os cães ladram fielmente
aos portais da manhã, só
após o gume das vidas partilhadas.
Passei a vida a fugir para a tua boca, e
confundo já o teu rosto
com um qualquer.
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