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lunes, 22 de abril de 2013

MARIA AZENHA [9751]




MARIA AZENHA
Nació en Coimbra (Portugal). 
Poeta. Es licenciada en Matemáticas por la Universidad de Coimbra. 
Profesora de la Universidad de Coimbra, Évora y Lisboa. 
Miembro de la Asociación Portuguesa de Escritores (EPA). 

Obras publicadas

1987 - Folha Móvel, Edições Átrio
1991 - Pátria D' Água, Edições Átrio
1992 - A Lição Do Vento, Edições Átrio
1992 - O Último Rei de Portugal, Editora Fundação Lusíada
1999 - O Coração dos Relógios, Editora Pergaminho
1999 - Concerto Para o Fim do Futuro, Editora Hugin
1999 - P.I.M. (Poemas de Intervenção e Manicómio), Universitária Editora
2001 - Poemas Ilustrativos de Pintura de Valdemar Ribeiro, Edição Symbolos
2002 - Nossa Senhora de Burka, Editora Alma Azul
2005 - Poemas Ilustrativos - De Camões a Pessoa - Viagem Iniciática, Editora Setecaminhos
2008 - A Chuva nos Espelhos, Editora Alma Azul
2009 - O Mar Atinge-nos", CD - Editora Discográfica Metro-Som
2010 - De Amor Ardem os Bosques, Ed./Autor, 2010
2011 - A Sombra da Romã, Editora Apenas Livros, 2011
2012 - Num Sapato de Dante, Escrituras Editora, 2012 - Brasil

Antologias de Poesia

1982 e 1983 - Madrugada 2 e 3, Edição do Movimento de Escritores Novos
1984 a 1987 - Anuários de Poesia 1, 2, 3 e 4, Edição Assírio & Alvim
1988 - Água Clara, Edições Património XXI
1989 - Hora Imediata (Hora Extrema), Edições Átrio
1989 - 100 Anos (Federico Gracia Lorca), Universitária Editora
1989 - Viola Delta - 14º. Volume, Edições Mic
1991 - Antologia de Homenagem a Cesário Verde, Edição Câmara Municipal de Oeiras
1994 - Simbólica 125 Anos, Edição Ateneu Comercial do Porto
2001 - 25 Poemas no Feminino, Edição da Junta de Freguesia da Penha de França
2002 - Revista de Artes e Ideias, nºs 4 e 5, Editora Alma Azul
2002 - Gabravo - Artdomus, Edição S. Pedro de Sintra
2003 - Povos e Poemas (Edição Bilingue), Universitária Editora
2004 - Na Liberdade (Homenagem de Poesia aos 30 anos do 25 de Abril), Garça Editora
2003 e 2004 - Poema Colectivo - O Fulgor da Língua | Projecto Inserido nos Eventos de Coimbra - Capital Nacional da Cultura
2005 - Antologia / Pablo Neruda, Universitária Editora
2008 - DI VERSOS - Poesia e Tradução, nº. 14, Edições Sempre-Em-Pé
2010 - O Prisma das Muitas Cores - Poesia de Amor Portuguesa e Brasileira, Editora Labirinto
2013 - Entre o sono e o sonho - Antologia de Poesia Contemporânea, Vol. IV - Tomo II, Chiado Editora







Las Palabras

Las palabras son como hojas
No saben cuando están fuera de lo real,
Por ejemplo la palabra silencio,
Comienza por un "s" y quiere decir otoño,
Es la menos mortal.
Otras
A veces atraviesan las hojas de la noche
Y ponen su oído en el mar
Que se escribe con tres letras
Como
Tres escalones
Sagrados
Esta quiere decir eternidad
Purísima alegria.

(Blog Bosque Azul: http://coracaoazul-mariah.blogspot.com/)







El poema está hecho de nuestras propias vértebras
dice Maiakowski
indicando dónde comienza la dirección de la montaña
aguarda las largas estaciones de los hielos
a mitad de camino entre el silencio y las flores del sándalo
los brotes más tiernos
llegan con la luz de la primavera 







O poema é feito de nossas próprias vértebras
disse-o Maiakowski
indicando onde começa a direcção da montanha
aguarda longas estações no decorrer do gelo
a meia distância do silêncio e das flores do sândalo
os brotos mais tenros
chegam com a luz da primavera.







Un árbol
desnudo
de ancho pecho
roba a la sombra de la noche
la ciencia del manto





A árvore
nua
de peito amplo
retira da sombra da noite
a ciência do manto 

De amor ardem os bosques de Maria Azenha.


http://elestablodepegaso.blogspot.com.es/search/label/Maria%20Azenha%20poema











Mamã! Mamã federal ! 
(ao Pedro, meu filho) 

mamã: 

o meu corpo caiu na pia baptismal. Foi um percalço. 
recebi a tua bênção com os óleos santos 
em algodão de rama. 

Mas que faço agora eu neste bordel das lágrimas, 
com tantas orlas com tantos véus, 
a fabricar poemas nas morgues do Céu? 

Que faço agora eu artesã do sangue 
com a minha mão profana que ficou grávida? 
E a minha mão direita é ainda uma têmpora 
num país distante com lágrimas de sal 

mamã!: 
envia um telegrama a todos os jornais, anuncia 
com o meu coração em febre, 
com todos os meus punhos cerrados como que a rezar, 
que eu fumo cambodja, liamba, 
hiroxima, armas nucleares, 
que rendilho a ferros todos os meus cárceres 
com as palavras brancas do medo 
que saltam dos meus olhos. 

Eu roubei a todos os arcanjos as palavras do ódio! 
eu fumo cachimbos, goelas de bairros, narcóticos, drugstores democráticos; mato vinte e sete pessoas por cada prato faço massacres na américa central cravo balas nos vestidos amarelos das crianças estrangulo o tempo com o sexo dos eléctricos ilumino as fezes com feiuras sacro-santas faço ícones com toda esta tristeza humana. 

mamã, 
eu rasgo «cânceres» de papel, trabalho as sombras 
com as lágrimas de plástico, 
mexo na história com cadáveres brancos 
estendo os meus braços em tecnicolor 
como numa tela circular humana. 

mamã, 
eu encolho os ombros, espirro, 
bebo cafés evangélicos, grito com os filhos. 
mamã, vivemos juntos!, isto é o meu mau génio. 

ah, mas o Vaticano, 
esse grande gangster de robe, 
que anuncia 
a paz para os domingos, essa pia 
baptismal onde eu também caí com fome 
foi um percalço. 
e o pavimento lustral da carniçada humana 
pisando o sangue , os incensos 
da guerra, 
onde não cabe agora aí o trigo! 

mamã, 
e os uniformes azuis a dizer 
tão bem com as velas, 
e os pássaros 
e as indochinas 
e os vitrais da esperança com tanta luz. 
a difundir as trevas com vapores de chumbo. 
e os trigais maduros a vencer 
o chão, a curvar a terra 
aos anéis do mundo; e as lutas armadas 
e as recitações de tréguas 
e as missas solenes lidas à breviário, 
cantadas por gorilas 
com sapatos d'anjos. 
e a guarda civil e as patrulhas 
e os ofícios e as escolas 
e as embaixadas anfíbias nas tuas nádegas 
onde fica agora aí toda a tua força política. 
e os tribunais de togas a julgar 
os crimes a barricar as fomes 
esquecendo as dívidas. 

mamã, 
onde fica o grande rio das palavras onde fica guatemala 
onde fica a noite dos tam- tans onde fica a esperança 
com os olhos de napalm?! 

onde fica a vida mamã-sacrária? 
mamã! mamã federal, 
esta manhã eu mijei todas as rimas 
todos os versos brancos, 

nessa pia baptismal!







Ovo Nuclear 

este reencontro com o Silêncio na procura de mim mesmo 
esta busca de Paz em cada ave 
em cada movimento 
como uma janela entreaberta

este centro que  
evolui com a paisagem

esta Viagem ao país do meu rosto 
a  minha janela fotográfica 
este cigarro que acendo 
que procura  
o  
Ovo







Um fantasma branco de nuvens e cabelos 

falo de um espelho secreto entre os meus dedos 
um espelho que reflecte múltiplas imagens 
um espelho que 
de cada vez que alguém chama por um nome inteiro 
sucede nele um tremor de terra

e o espelho quebra 
ficam então os estilhaços dele 
entre os meus dedos 
que entraram abruptamente no meu cérebro 
vejo agora e de mais perto 
um rapaz com asas e sem lágrimas:

um fantasma branco de nuvens e cabelos...


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