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sábado, 27 de julio de 2013

PAULO DE TARSO CORREIA DE MELO [10.264]



PAULO DE TARSO CORREIA DE MELO
Paulo de Tarso Correia de Melo (Natal, BRASIL  1944). Poeta y pedagogo. Profesor de la Universidad Federal de Río Grande del Norte, Miembro de la Academia de Letras y Presidente del Consejo Estatal de Cultura de dicho Estado.

OBRAS PUBLICADAS

. Talhe rupestre. Natal: Cooperativa Cultural da UFRN, 1993. (Poesia)
. Natal:secreta biografia . Natal: Edições Triângulo; Fundação José Augusto; Fundação Sócio-cultural Santa Maria; Cooperativa Cultural da UFRN, 1994. (Poesia)
. Folhetim cordial da guerra em Natal e Cordial folhetim da guerra em Parnamirim . Natal: Ed. Da UFRN, 1994. (Poesia)
. Romances de Alcaçus . Natal: Edufrn, 1998. (Poesia)
. Casa da Metáfora . Natal: Separata  da Revista da ANL, 2000. (Poesia)
. 14 Moedas Antigas . Natal: Separata  da Revista da ANL, 2002.
. Rio dos Homens . Recife: Bagaço, 2002. (Poesia)
. O Sobrado das Palavras . Recife: Bagaço, 2002. (Poesia)
.Talhe Rupestre (poesia reunida e inéditos ). Natal: EDFRN,2009. (Poesia)
- Uma Nova Antologia Pessoal 
– Sabença 
-  Cantos de Amerigo e outros cantares da Terra Natal 
– Assunto de Família

In: Literatura do Rio Grande do Norte (org. Constância Lima Duarte e Diva Maria Cunha Pereira de Macedo). Natal: Governo do Estado, 2001).










Todos los poemas son inéditos al castellano 
y han sido traducidos por A. P. Alencart.


ENVIDIA

Cuando Casimiro Silva era apenas un niño
y salía a correr por los campos,
las mariposas azules corrían tras de él.
Cuando era adolescente, las chicas
ya escribían, con leche de pepa de marañón,
sus iniciales en los muslos.
Siempre se ponía un pequeño parche en el rostro,
sólo para realzar la figura y para que las jóvenes
le preguntasen qué le pasó, y le tuvieran pena.
Su cuerpo parecía una estatua, decían las novias,
cuando murió a los 29 años de un dolor
igualito al de Rodolfo Valentino.






CELEBRA LA CARNE, VIEJO PÍNDARO…

Celebra la carne, viejo Píndaro,
antes que venga
la estría, la pústula
u otro miserable portento.
El brazo que se yergue como el sol
es necesario adorarlo,
antes que la noche, ¡vergüenza!,
venga a derribarlo.
Canta a los mármoles pasajeros
que del cuerpo se elevan,
antes que las aguas del tiempo,
habitadas de peces y desengaños,
terminen por ahogarlos. Ayer,
Píndaro, ayer, cómo brillaban.






POIESIS

¿Son éstos, Apolo,
los suaves corceles que robaste,
el friso tesálico que cada día
atraviesa la silenciosa aurora,
todavía rosada por el sueño inocente de los humanos,
en dirección a los pastizales
de las islas bienaventuradas?
En tu dominio irresponsable,
sobre palabras de maldición y profecía,
bello niño cruel y terrible,
la pareja truena al sol y al pino,
para teñirse de fuego y sangre al atardecer
y caer con peso marmóreo
del frontón resquebrajado por el terremoto
en la loca cabalgata dirigiéndose a lo oscuro.









Invocação

Permite que se adornem
e como águias e tigres
os guerreiros se portem.

Concede-lhes que desfrutem,
a fio de cristal,
a doçura da morte,

que dêem regozijo
em seu coração
ao punhal do sacrifício

e a morte florida,
mariposa de obsidiana,
desejem e cobicem.





Canções do jardim da casa de Deus

Agora mesmo, no poente
as frutas
e o feijão branco
estão amarrados pelo relâmpago

Agora mesmo, no poente
a verdura
e o milho trigo
estão amarrados pelo arco-íris

Vem perto a chuva
Ouça as vozes felizes
da água cercando as raízes
plantadas em nuvem escura

(…)





Misto Códice

A príncipes e guerreiros
falavam  poeta
de flores, aves e gemas.

Com três imagens
se fazia esta
poesia, e um tema:

a brevidade da vida
e a incerteza
da permanência de poema.

Orquídeas roçagavam
na floresta
peitos viris e coxas morenas

Pouco durava
a sensual
festa,
a juventude, apenas.


* Textos extraídos de Misto Códice, Editora Sarau das Letras – RN, 2012.






Compartimos a carne e o tempo
e outras cicatrizes e perguntas.
O ar e os nomes, as nuvens e o vento
e outras palavras que andam juntas.

Amor e medo e pensamento,
agora e sempre e nunca,
estranhos outros ornamentos:
querer, saber e música.

Não e esperança. Milênios
e juventude. Arco-íris
e outras visões. Incenso

e outros presentes. Saudade
e outras flores raras.
E silêncio.

Lutamos pela segurança dos túmulos
enquanto polimos grades para a vida:
honra e saber, nimbos e cúmulos
e preconceitos e becos sem saída.

Arranha-céu, auto-imagem, escritório
são outras formas de antecipação
da paz que procuramos, relação
dos muitos nomes di transitório.
Resta o amor, incerta fantasmagoria,
à meia-noite e alguns minutos
ou outros tantos para o meio-dia,
resta o amor. O resto, deixaria.

Consciência, nem tristeza ainda,
de que algum dia irei embora
e deixarei aquele minuto da madrugada,
não de casual escolha,
quando a última estrela, como uma lágrima,
treme sobre a face da aurora
e a casa do vizinho se ilumina
e o filho adolescente, chegando agora,
canta com força e beleza, misturadas
como aquele minuto da madrugada
e a aurora.


Extraído da revista POESIA SEMPRE, Número 29, Ano 15, 2008, 
edição Fundação Biblioteca Nacional, Rio de Janeiro.









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