sábado, 24 de noviembre de 2012

SHIRLEI FERNANDES ROMANO [8657]




SHIRLEI FERNANDES ROMANO
Nació en Sao Paulo, BRASIL 




Manifiesto

En vista de la nueva desorganización mundial,
Convoco a los espíritus rebeldes a protestar contra todo.
Contra el caos artístico que comienza en la falta de competencia crítica
y de la voluntad para cambiar lo real imaginario por algo sustentable.
Por el no hacer, por el no escribir, no borrar… Negar siempre…
Hago presente la indignación de lo que remontamos, como nuestra verdad…
Hay tanto en mente que los nuevos Picassos contorsionan las preguntas y ponen dudas en las respuestas
Solamente para oír de nuevo lo que no consiguen entender
Se debilitan antes de amanecer.
Combinan sus ropas con desprecio e ignoran los besos de la noche.
Todas las noches.
Esconden lo que podría y debería ser cuestionado.
Cuentos inútiles!
No pertenecen a la clase de rostros flameantes que tienen sed
de búsquedas.
Estamos todos, alineados en espera de los procesos, de los medios. Poco
importa el fin.
Arriesgue, pida un deseo… 1000 pedidos.
Al medio. Sin frenos.
Nadie vive lo suficiente como para cometer todos los errores.
Espero que logren llegar, sin pestañear.
En vista de toda la desorganización, deseo que no se corrompan.
No vendan rebeldías.
No acepten regalías
Ni hagan trueques, escapen con cierta maestría.
Sean más de lo que esperan y lleguen a algún lugar…
Cualquiera. Pero lleguen.
Hago este manifiesto con la autoridad de quien se siente…
Cerca de una nueva realidad…
No la utópica, la escrita, la prometida por nuestros padres…
El motivo real por el cual resisto.
Por el cual permanezco… Insisto y, por lo tanto, también existo.




Manifesto

Em face da nova desorganização mundana,
Convoco os espíritos rebeldes a protestar contra o tudo.
A todo o caos artístico que começa na falta de competência critica
e da vontade de trocar o real imaginário, por algo sustentável. 
Pelo não fazer, pelo não escrever, não cortar... Negar sempre...
Faço presente a indignação do que remontamos, como sendo nossa verdade...
Há tanto em mente que os novos Picassos contorcem as perguntas e põem interrogações nas respostas
Somente para ouvir de novo o que não conseguem entender
Enfraquecem antes de amanhecer.
Tratam telas com desprezo e ignoram os beijos da noite.
Todas as noites.
Escondem o que poderia e deveria ser questionado.
Contos de nada! 
Não pertencem realmente á classe de olhares flamejantes que tem sede
de buscas .
Estamos todos, enfileirados em busca dos processos, dos meios. Pouco
importa como acaba.
Arrisque, faça um desejo... 1000 pedidos. 
Ao meio.Sem freios
Ninguém vive o suficiente para cometer todos os erros.
Espero que consigam chegar, sem pestanejar. 
Em face de toda a desorganização, desejo que não se corrompam. 
Não vendam rebeldias
Não aceitem regalias.
Façam truques, escapem com certa maestria.
Sejam mais do que esperam, e cheguem em algum lugar...
Qualquer um. Mas cheguem lá.
Faço este manifesto, com autoridade de quem se sente...
Próxima de uma nova realidade...
Não a utópica, a escrita, a prometida por nossos pais... 
O motivo real pelo qual continuo.
Pelo qual permaneço...Insisto e, portanto ainda existo.




Cartório I

Este nome não é mais meu.
Eu já disse, não atendo.
Se houver um qualquer é este que estou querendo.
Não quero duvidar de que virei doutor
Mas esta dura matemática continua errando.
Vou parar de tentar, mas vou descer no próximo ponto,
talvez caminhando encontre aquele velho amor.
Juras de qualquer coisa.
E é para este que devo.
Não atendo mais por este nome. 
Desgostei de minha pessoa. 
Portanto se aparecer alguém que não estimo
digam que meu nome só é falado em bares de excomungados
Fui embora desta bola, a passei para vocês...
Percebi que cada vez que meu nome era falado, sofria uma maré de azar.
De praxe vou pra longe.
Não quero mais a vida molestar.
Estou indo para lá de Juazeiro, retirante deste pequeno mar.
Mas desço no próximo ponto que é para o caso de eu mudar de idéia,
ainda poder voltar desta, que é a minha primeira odisséia.
Vou cantando para afastar aqueles que me querem mal e aproximar
os belos olhos que cruzei um dia lá no litoral.
Não me sigam e não me chamem, isso é coisa à toa.
Não atendo mais por este nome
Desgostei de minha pessoa.




Cartório II

Que audaciosa aventura ao sair de Juazeiro
Por mais de três vezes confundido, ferido.
Forasteiro de minha vontade. 
Meu crime não saberia relatar
Afinal que mal há em não querer mais o próprio nome carregar. 
Neste caminho de meu Deus, tantos abutres avistei.
Era tanta carne apodrecendo, uma seca eterna me remoendo.
Que por vezes passei rastejando, outras, fugi correndo.
É preciso muita coragem para ser covarde.
Fui corajoso! Declaro então...
E nisso ouço o eco de minha voz :
Não, não...
Sigo reto e vou sem destino,
talvez a felicidade que tanto quero,
vire a esquina como espero e o faça antes de amanhecer...
Vejo minhas terras próximas de mim, reconheço o cheiro...
Não parei muito longe, disso já declarei confissão
Mas se daqueles belos olhos obtivesse eu o perdão...
Voltaria a viver em Juazeiro e veria os dias como eles são.
Mas sou homem de palavra:
Respeitem meu pedido.
Volto se meu batismo for esquecido...
Repasso minha coroa. 
Não atendo mais por este nome
Desgostei de minha pessoa. 

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